segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Entrevista Tomorrow Options: Catarina Monteiro

A Tomorrow Options surgiu do trabalho realizado por dois alunos, Catarina Aroso Monteiro e Paulo Ferreira dos Santos, em associação com dois professores e investigadores da FEUP, Miguel Velhote Correia e Sérgio Reis Cunha no âmbito do Mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico (MIETE), leccionado na FEUP. O trabalho tinha como objectivo desenvolver e explorar comercialmente uma nova tecnologia criada pelos dois investigadores, num projecto de faculdade.


Como
surgiu a Tomorrow Options?

A Tomorrow Options surgiu na sequência do trabalho desenvolvido durante a nossa frequência do Mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico (MIETE), leccionado na FEUP.

Quais as principais dificuldades que estão a encontrar?


A pergunta deveria ser. quais as dificuldades que não estão a encontrar.
Para uma pequena start-up, com cinco funcionários, que se dedica à I&D e ao marketing, que irá iniciar a comercialização dos seus produtos num país estrangeiro, as dificuldades, as dificuldades são inúmeras e diárias.

Qual a área de negócio da empresa?

A Tomorrow Options dedica-se a desenvolver e produzir dispositivos electrónicos para satisfazer nichos de mercado globais numa estratégia de B2B. Neste momento temos concentrado todos os nossos esforços na área dos dispositivos médicos.

Que trabalhos já estão a e
xecutar ou pretendem implementar?

O primeiro dispositivo da Tomorrow Options é o WalkinSense, um dispositivo médico não invasivo, portátil, wireless e fácil de usar, para monitorização clínica da actividade e das tendências de pressão plantar, permitindo uma total caracterização dos padrões de mobilidade do seu portador.
Esta informação tem uma utilidade muito relevante na prevenção do pé diabético, doença que afecta cerda de 15% dos 330 m
ilhões de diabéticos no mundo e que tem como consequência provocar uma amputação no membro inferior a cada 30 segundos!
A comercialização deste dispositivo iniciar-se-á em Março de 2009, no Reino Unido.



"A médio e longo prazo, gostaríamos que a empresa fosse uma reputada "pocket multinational", com tecnologias de rentabilidade acima da média."



O que ambicionam a médio/longo prazo?

A Tomorrow Options está neste momento a criar uma subsidiária no Reino Unido com o intuito de rapidamente internacionalizar o WalkinSense.
O ano de 2009 é um ano crítico pois permitir-nos-á avaliar no mercado se as nossas soluções têm ou não o potencial esperado.
A médio e longo prazo, gostaríamos que a empresa fosse uma reputada "pocket multinational", com tecnologias de rentabilidade acima da média.

Qual o vosso disco preferido?

"Brothers in Arms" dos Dire Straights

Qual foi o último livro que leram?

" A Marca Humana" de Philip Roth


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Entrevista Advantage - Ciência para Vencer: Rui Gomes, Samuel Amorim, Tiago Dias

Fornecer serviços de consultoria avançada na área do desporto de alta competição é um dos objectivos da Advantage - Ciência para Vencer. O Projecto, ainda em fase de pré-incubação no UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, pretende revolucionar o rendimento desportivo dos atletas de alta competição, apostando na melhoria das suas performances.



Como surgiu a ideia de passarem para a criação de uma empresa?

Para responder a esta questão temos de recuar até aos primeiros anos na FCNAUP. De facto, desde cedo descobrimos que partilhamos um gosto especial pelo desporto e a convicção de que podemos assumir um papel de relevo na performance desportiva. Deste modo, o nosso percurso académico desenvolveu-se com uma ligação muito próxima ao mundo do desporto, com organização de jornadas desportivas, estágios em clubes, federações desportivas e centro de alto rendimento de Barcelona, bem como frequência de demais formações na área desportiva. Uma vez concluído o curso, conscientes da inviabilidade económica da possibilidade de um nutricionista a full time na maior parte das instituições desportivas em Portugal, optamos pela prestação de serviços de consultoria simultaneamente a várias instituições. A empresa surgiu nessa óptica. Em todo o trajecto, há uma referência importante, o Professor Doutor Vítor Hugo Teixeira. A ele devemos muito do nosso percurso.

Quais são as principais dificuldades que estão a encontrar?

A principal dificuldade que esperávamos por parte de Federações, e Clubes Desportivos centrava-se na sensibilidade dos mesmos relativamente à integração do nutricionista na sua equipa técnica. É uma área que está pouco desenvolvida em Portugal sendo importante demonstrar aos responsáveis das instituições desportivas as melhorias na performance dos seus atletas com o devido acompanhamento nutricional por especialistas na área. Até agora, a mensagem tem passado bem e há grande receptibilidade por parte dos responsáveis.
No entanto, a nossa entrada na
UPTEC coincidiu com o colapso financeiro internacional, tendo repercussão também no desporto uma vez que uma das principais fontes de receita da maioria dos Clubes Desportivos é o patrocínio de empresas.

Qual a área de negócio da empresa?

A Advantage - Ciência para Vencer é uma emp
resa que tem como principal objectivo a prestação de serviços de consultoria técnica na área da performance desportiva destinados a atletas de alta competição, profissionais e amadores, com a finalidade de maximizar o seu rendimento desportivo e deseja actuar preferencialmente através de parcerias com Organismos Públicos, Federações, Clubes e Associações Desportivas.





"Os objectivos passam por constituir um serviço de referência na área do desporto, assim como contribuir para a investigação nesta área, a nível nacional e internacional."





Que trabalhos estão a executar ou pretendem implementar?

Neste momento já efectuámos contactos com algumas federações e clubes em mais de uma dezena de modalidades. Estamos a desenvolver projectos e serviços para cada desporto com base na vanguarda da investigação internacional na área da ciência e da nutrição aplicada ao desporto.

O que ambicionam conquistar a médio/longo prazo?

Gostamos de guardar as nossas maiores ambições para nós (risos). Os objectivos passam por constituir um serviço de referência na área do desporto, assim como contribuir para a investigação nesta área, a nível nacional e internacional.

Qual o vosso disco preferido?

Rui: Prefiro destacar um autor e não um disco. Pedro Abrunhosa.

Tiago: "Mellon collie and the infinite sadness" dos Smashing Pumpkins.

Samuel: "Achtung Baby" dos U2.

Qual foi o último livro que leram?

Rui: "Uma Aventura na Cidade" ou Childwood Obesity (risos). Não sou muito dado a leituras por lazer. Posso referir o último filme de qualidade que vi: Trade.

Tiago: "O perfume"do Patrick Suskind mas eu "é mais filmes", por exemplo, "Big Fish" de Tim Burton.

Samuel: "La sorcière de la rue Mouffetard".





segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Entrevista Neoscopio: Gustavo Mendes

A Neoscopio é uma empresa portuense formada por quatro jovens empresários oriundos de áreas bastante distintas como a Engenharia, a Física, a Química e a Psicologia que, em Junho de 2007, decidiram avançar para a criação de uma empresa. A ideia surgiu depois de os jovens se terem conhecido no curso de empreendedorismo da Escola de Gestão do Porto (EGP- UPBS), situação essa que serviu de base para que passassem da teoria à prática.



Como surgiu a ideia de criar a Neoscopio?


A ideia de criar a Neoscopio surgiu a partir da utilização que cada um de nós, no seu contexto profissional, dava ao software Open Source. Demos conta que individualmente, e em áreas profissionais muito diferentes, usávamos este software para resolver problemas que de outra forma não conseguíamos dar resposta de forma eficiente. O curso de Empreendedorismo da Escola de Gestão do Porto (EGP-UPBS) foi o ponto de viragem para a materialização desta ideia em negócio. Foi na Escola de Gestão do Porto que nos conhecemos, que demos conta desta utilização simultânea do software Open Source, e que reunimos os conhecimentos necessários para a criação da empresa. Depois, foi seguir as diferentes fases da cadeia de valor do Empreendedorismo, desde a captação de investimento, passando pelo apoio da Inovcapital e da Agência de Inovação, até à incubação na UPTEC, onde estamos actualmente. Tal como aconteceu connosco, acreditamos que o paradigma Open Source irá mudar o relacionamento das pessoas e empresas com as tecnologias de informação, contribuindo com soluções mais eficazes, adequadas e sustentáveis.

Quais foram os principais obstáculos à criação da empresa?

O principal obstáculo foi sem duvida a captação do financiamento necessário à criação da empresa, e a consequente negociação dos impactos do mesmo na gestão da empresa. Mas contámos com o apoio da Universidade do Porto (UPIN) no âmbito do programa Finicia, assim como da Agência de Inovação através do programa Neotec. No entanto, ainda hoje este obstáculo é real, ao nível do nosso crescimento, pois é muito mais fácil adquirir financiamentos para projectos mais “maduros”.

Qual a área de negócio da Neoscopio?

A Neoscopio é uma empresa na área das Tecnologias da Informação, designadamente no desenvolvimento, comercialização e personalização de programas informáticos com base em software Open Source. Presta também serviços profissionais de garantia, suporte, assistência sob as formas de e-mail, telefone ou presencial, assim como a administração de sistemas, hosting e formação. Estas soluções são, em si, de qualidade equivalente ou superior a muito software comercial existente, com um custo significativamente inferior. Nós estamos verdadeiramente convencidos que, mais que o preço, são as características do modelo de licenciamento Open Source que dão mais vantagens aos nossos clientes no longo prazo, sendo neste ponto que reside a verdadeira mais valia das soluções oferecidas, pois vai permitir às empresas grandes reduções de custos sem perda de funcionalidade e sem ficarem literalmente presas ao seu fornecedor de TI.

Que trabalhos já desenvolveram e para quem?

Um dos primeiros projectos da Neoscopio foi na área da computação científica e consistiu na parceria com o fabricante nacional de computadores J. P. Sá Couto, detentor da marca Tsunami, para a implementação de um protótipo de sistema de computação optimizado para algoritmos de química nacional. Este protótipo foi testado pelo Laboratório Associado Requimte no âmbito de um concurso público amplamente divulgado, tendo obtido os melhores resultados e vencido o concurso. O cluster, com 256 dos mais recentes processadores da Intel, já foi montado por técnicos de ambas as empresas e está actualmente em produção. Esta mesma tecnologia, desenvolvida e integrada por nós, tem sido usada no Centro de Investigação de Física da Universidade do Porto e despertou o interesse das empresas como no caso da BIAL, que solicitou os serviços da Neoscopio nesta área. Vencemos também o concurso para o desenvolvimento do portal e Intranet da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) (www.ers.pt). A tecnologia de base foi o avançado gestor de conteúdos Open Source “Plone” já usado por entidades tão diversas como Governo Federal Brasileiro, European Agency for Safety and Health at Work, e Nações Unidas. Parte deste projecto foi a criação de um livro de reclamações online com um sistema de triagem que permite lidar com um grande volume de reclamações. Esta nova funcionalidade foi destacada em diversos meios de comunicação social. Ambos o portal e Intranet estão em funcionamento, sendo que somos quem administra desde então os sistemas de informação da ERS.

O que ambicionam conquistar a médio/longo prazo?

A Neoscopio tem como objectivo imediato o crescimento rápido e sustentado. Assim, no médio prazo ambicionamos:

1. a consolidação da marca, por forma à Neoscopio ser reconhecida como de referência no sector das tecnologias Open Source. Este com um duplo objectivo, ganhar quota de mercado, e captar o interesse de potenciais clientes e parceiros internacionais.

2. a apresentação da Neoscopio aos mercados internacionais, iniciativa esta já iniciada através da apresentação da empresa ao programa UT Austin – Portugal (http://techportugal.com) e,

3. a captação de novos clientes – aqui a Neoscopio tem já desenhado um conjunto de iniciativas, desde aumentar sua presença na internet, seja através de sítios de experimentação do produto como vimos acima, seja através de redes especializadas em tecnologias específicas como por exemplo a “Plone Network” (http://plone.net/) do qual a Neoscopio já faz parte.

Que projectos pretendem implementar em breve?

A empresa está, actualmente, a explorar soluções de “Software as Service” (SaS). Há um interesse claro por parte dos nossos clientes no outsourcing das tecnologias de informação, nomeadamente no que diz respeito a servidores Web, desde que garantidos os serviços de actualização e segurança, redes de alta disponibilidade e backups automáticos. Estes serviços, em alguns casos, seriam muito dispendiosos manter nas próprias empresas.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Entrevista AuditMark: Rui Ribeiro

AuditMark é o nome de mais um sucesso de incubação no UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. Vocacionada para a área da Auditoria de campanhas de marketing online, a empresa cedo se apercebeu do enorme potencial oferecido pela Internet ao nível da Publicidade e do Marketing e tem a ambição de ser uma referência internacional neste ramo.





Como surgiu a ideia de criar a “AuditMark”?

O grande boom da Internet deu-se pouco tempo antes de iniciarmos os nossos cursos de Engenharia. Ao mesmo tempo, começaram a surgir os primeiros modelos de publicidade online. Logo nessa altura verificámos que estes modelos eram facilmente manipuláveis. Continuámos a acompanhar a questão e verificámos que, até à data, não tinha havido u
ma grande evolução em termos do modelo de negócio e da tecnologia associada. Alguns anos mais tarde, conseguimos obter financiamento, e aproveitámos essa oportunidade.

Quais foram os princ
ipais obstáculos à criação da empresa?

O principal obstáculo foi sem dúvida a falta de tempo,
uma vez que tínhamos as nossas obrigações profissionais. Seria complicado largar tudo para embarcar nesta aventura. Outro aspecto foi a burocracia inerente à criação e gestão de uma empresa. Apesar de ser algo que não acrescenta valor aos nossos objectivos, os aspectos burocráticos de contabilidade, finanças, fiscalidade são incontornáveis e obrigam a uma dedicação de tempo e recursos substancial.


"Pretendemos ser uma referência na área da auditoria de campanhas de Marketing. Esse objectivo vai implicar a internacionalização e a obtenção de patentes que protejam o nosso capital intelectual."



Qual a área de negócio da empresa?

A AuditMark está focada no desenvolvimento de soluções inovadoras de segurança para auditoria de tráfego web. Como é sabido, a maioria das aplicações estão a migrar para a plataforma web, ficando assim mais expostas a problemas de segurança. Os nossos principais targets são a publicidade online, banca online, e comércio online.

O que ambicionam a médio/longo prazo?

Pretendemos ser uma referência na área da Auditoria de campanhas de Marketing. Esse objectivo vai implicar a internacionalização e a obtenção de patentes que protejam o nosso capital intelectual. Estamos neste momento a desenvolver esforços para aquisição de parceiros no mercado americano bem como de potenciais investidores.

Qual o seu disco preferido?


"White Álbum" dos Beatles, "Master Of Puppets" dos Metallica, "No Tempo dos Assassinos - Teatro Villare" de Jorge Palma e "Inedito" de Tom Jobim.


Qual foi o último livro que leu?


"Dune" de Frank Herbert e o "Homem que confundiu a mulher com um chapéu", de Oliver Sacks.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Entrevista Bilobite: Mário Ribeiro

A Bilobite Engenharia, Lda é uma start-up que surgiu na sequência da participação de um grupo de estudantes universitários num concurso de ideias de negócio. Esta spin-off propõe reduzir a facturação energética das empresas através de uma solução "pague enquanto poupe". Mário Ribeiro, um dos fundadores desta jovem empresa, fala-nos das dificuldades e dos desafios que se colocam à BLB Engenharia.



Como surgiu da ideia de criar a “Bilobite”?

Em primeiro lugar, começámos por participar num concurso de ideias de negócio: o “Alumni Ideia”. Na altura começou um pouco pelo desafio, pela brincadeira e depois as coisas foram acontecendo. Foi um desafio lançado pelo Professor Rocha e Silva. Daí resultou o Prémio do Concurso de Ideias. Tudo se desenvolveu dessa forma.

Quais foram os principais obstáculos que encontraram durante o processo de criação da empresa?

Não diria que no processo de criação da Bilobite tivéssemos encontrado obstáculos. Até tivemos sorte, pois o capital social da empresa resultou do Prémio que conseguimos conquistar. Criar, em si, não é um problema. O problema reside na constituição da empresa em termos formais. Qualquer pessoa que já tenha sido empreendedora sabe que as dificuldades são enormes. Quando se tem uma ideia ou uma concepção de negócio e quando se tenta chegar ao mercado, a tarefa não é fácil. Apesar de se ter uma noção de que é muito complicado em termos iniciais, não se tem a noção da real dimensão do problema. E isto acontece mesmo quando as coisas se encontram bem estruturadas, bem planeadas e bem definidas. O que faz a diferença nisto tudo é a dinâmica que se consegue criar, os contactos que conseguimos e todo o envolvimento gerado em torno de um Projecto. Na minha óptica, ser empreendedor é uma gestão de frustrações, na medida em que actualmente é preciso ter “jogo de cintura” para se conseguir ultrapassar as dificuldades do dia-a-dia. Sabemos que nos dias de hoje a grande maioria das pequenas e médias empresas têm dias menos maus e dias péssimos (risos). Numa fase inicial, esse é talvez o maior desafio, isto é, ser perseverante e nunca perder os objectivos de vista independentemente dos obstáculos que possam existir.





"Ser empreendedor é uma gestão de frustrações, na medida em que actualmente é preciso ter jogo de cintura para se conseguir ultrapassar as dificuldades do dia-a-dia. "





O q
ue ambicionam conquistar a médio -longo prazo?

Ainda não colocamos os nossos objectivos a longo prazo. Neste momento, estamos com os objectivos a médio prazo. Pretendemos ter uma estrutura no mercado que nos garanta que o nosso nome esteja associado a uma empresa que realmente funciona, a uma empresa sólida. Uma das coisas mais complicadas que temos constatado é que ser desconhecido é um handicap. É fundamental começar por aí, isto é, ter um trabalho realizado para conseguir conquistar progressivamente mais notoriedade, ter boas soluções implementadas de forma a envolver as pessoas com quem trabalhamos. Pretendemos ter uma posição de mais relevo no mercado mas de uma forma consistente para que consigamos de alguma forma estar associados a projectos diversos. Por outro lado, é inegável falar na parte financeira. É claro que pretendemos estar financeiramente suportados e em condições sustentáveis.

Qual é o teu disco/ banda preferida?

"The Soft Parade", dos “Doors”.

Qual foi o último livro que leste?

Estou a terminar “A Conspiração dos antepassados”, de David Soares. Sobre Empreendedorismo, estou a ler o “Blue Ocean Strategy”, de W. Chan Kim e Renée Mauborgne.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Entrevista Practical Way: Bruno Augusto, Rafael Negretti e Manuel Parente

Bruno Augusto, Rafael Negretti e Manuel Parente são três jovens empreendedores que decidiram aventurar-se na criação de uma empresa. Practical Way é o nome do projecto que se encontra em fase de Incubação na UPTEC. Os três empreendedores falam das principais dificuldades que estão a encontrar no processo de criação da empresa e também dos novos desafios que enfrentam.

Como surgiu a ideia de criar a Practical Way?

A ideia surgiu na sequência da insatisfação de Rafael Negretti, meu amigo e sócio, com os produtos existentes no mercado. A partir desse momento, começou-se a pensar num novo produto que conseguisse satisfazer as necessidades do mercado já existente. Assim, em Janeiro de 2007, o Rafael teve uma ideia, desenvolveu essa ideia, e em Maio do mesmo ano, contactou-me e a empresa acabou por ir ganhando forma progressivamente.

Quais foram os principais obstáculos à criação da empresa?

O principal obstáculo que encontrámos pode ter sido a questão do financiamento, isto é, o dinheiro para desenvolver o projecto. Existia também a dificuldade decorrente do facto de eu já estar a trabalhar na Accenture, ter uma situação boa, estável e ter que passar para uma situação que envolvia algum risco, como seja a de avançar para a criação da própria empresa e introduzir o próprio produto no mercado.

Quais são os vossos propósitos? O que esperam conseguir no futuro?

Costumo dizer, em jeito de brincadeira, que o nosso objectivo passa por conseguirmos a reforma aos 29 anos. (Risos) O nosso propósito é criar uma empresa de base tecnológica e fazer com que essa empresa possa crescer, desenvolver-se e internacionalizar-se. Há também uma certa dose de satisfação pessoal pelo facto de termos criado a nossa própria empresa, algo que nos motiva imenso.





"O nosso propósito é criar uma empresa de base tecnológica e fazer com que essa empresa possa crescer, desenvolver-se e internacionalizar-se."







O futuro da vossa empresa passa pela Internacionalização? Que mercados esperam conquistar?

A ideia passa por apostar na internacionalização. Quanto a mercados, é uma informação que ainda não podemos revelar, mas a ideia passa sim pela internacionalização. O nosso produto vai ser lançado em Portugal e noutros países logo de início.

Qual o teu disco preferido?

Bruno Augusto: O último disco que ouvi foi "Vinicius e Amália" , álbum este gravado durante um sarau em casa da fadista e que, apesar de não ser o meu preferido, considero especial.

Rafael Negretti: Costumo ouvir Red hot chili peppers, U2, Jack Johnson.

Manuel Parente: O meu disco preferido é o "Scenes From a Memory" dos Dream Theater.

Qual foi o último livro que leste?

Bruno Augusto: Ultimamente tenho andado a ler o livro "A Gestão Segundo a Apple" da autoria de Jefrey Cruikshank, editor do Harvard Business School Bulletin.

Rafael Negretti: Partilhamos o mesmo livro, "A Gestão Segundo a Apple" de Jefrey Cruikshank.

Manuel Parente: O último livro que li foi o "Filosofia Segundo Monty Python", de Gary Hardcastle/George Reisch.

Entrevista IDEIA.M: Júlio Martins e João Petiz

IDEIA. M é o nome da start-up surgida na sequência de um Projecto de Investigação da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Júlio Martins e João Petiz deram luz a esta “Ideia” e aventuraram-se na criação de uma empresa de base tecnológica na área dos materiais compósitos.

Como surgiu a IDEIA.M?

A IDEIA.M teve o seu início num projecto da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, no âmbito dos Projectos PESC, agora denominados Projectos LIDERA, e começou em 2004 numa proposta apresentada pelo professor Torres Marques. Entretanto, eu e o João Petiz decidimos conjuntamente em 2007 avançar para a criação de um projecto de natureza empresarial tendo por base essa ideia. A empresa surgiu na sequência desse mesmo projecto.

Quais foram os principais obstáculos à criação da empresa?

Não diria obstáculos. É evidente que houve um conjunto de dificuldades inerentes à criação da nossa empresa. A questão do financiamento juntamente com o facto de abdicarmos de estar numa empresa já estabelecida para nos dedicarmos inteiramente à nossa própria empresa, constituiu uma dificuldade. Não temos as regalias que se calhar teríamos num trabalho por conta de outrem.
Outra dificuldade reside no facto de não termos as capacidades tecnológicas à nossa volta que nos permitam implementar as nossas ideias e pôr em prática os nossos projectos de uma forma rápida e eficiente.

Qual a área de negócio da IDEIA.M?

Classificamo-nos como uma empresa de desenvolvimento de produto na área dos materiais compósitos, ou seja, o que pretendemos fazer é produzir, investigar e desenvolver produtos utilizando materiais avançados como a fibra de carbono e mesmo a fibra de vidro.
Mas há uma grande componente da empresa orientada para os instrumentos musicais, um pouco para reflectir o projecto que estávamos a desenvolver na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
O que nos diferencia dos demais players é o facto de termos a área dos instrumentos musicais como uma área de grande relevância para a empresa.
Há uma primeira abordagem que passa por garantir todo o processo de criação, produção, venda e marketing de instrumentos musicais em marca própria.
Uma segunda abordagem passa por usar todas essas competências adquiridas e aplicá-las noutras áreas de desenvolvimento, quer em termos de materiais, quer na parte de caracterização dinâmica de comportamentos de outros produtos que nos venham a ser solicitados.






"O nosso primeiro objectivo passa claramente por sermos uma empresa de referência na área dos instrumentos musicais. Queremos ser igualmente uma marca de referência no que concerne aos materiais compósitos."






O que ambicionam a médio/longo prazo?

A médio/ longo prazo pretendemos ter um Iate e um avião, mas o avião tem que ter cadeiras em carbono (risos).
Os nossos objectivos passam pela criação de postos de trabalho que nos permitam continuar a crescer de uma forma sustentável. Pretendemos ter a nossa própria unidade de produção e ter capacidade de, em Portugal, produzir coisas novas, motivando as pessoas em torno de um projecto comum, criando valor real e satisfazendo as necessidades dos nossos clientes.
O nosso primeiro objectivo passa claramente por sermos uma empresa de referência na área dos instrumentos musicais. Queremos ser igualmente uma marca de referência no que concerne aos materiais compósitos, em produtos que, à primeira vista, não estão directamente associados a este tipo de materiais.

Quais são os vossos discos /bandas preferidas?

Júlio Martins: “Alchemy” dos Dire Straits.

João Petiz: “Queen” e “The Face”.

Qual foi o último livro que leram?

Júlio Martins: “Reinventar o Mundo” de Tom Peters.

João Petiz: “Ecological Design” de Sym Van Der Ryn e Stuart Cowan.