segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Entrevista Tomorrow Options: Catarina Monteiro

A Tomorrow Options surgiu do trabalho realizado por dois alunos, Catarina Aroso Monteiro e Paulo Ferreira dos Santos, em associação com dois professores e investigadores da FEUP, Miguel Velhote Correia e Sérgio Reis Cunha no âmbito do Mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico (MIETE), leccionado na FEUP. O trabalho tinha como objectivo desenvolver e explorar comercialmente uma nova tecnologia criada pelos dois investigadores, num projecto de faculdade.


Como
surgiu a Tomorrow Options?

A Tomorrow Options surgiu na sequência do trabalho desenvolvido durante a nossa frequência do Mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico (MIETE), leccionado na FEUP.

Quais as principais dificuldades que estão a encontrar?


A pergunta deveria ser. quais as dificuldades que não estão a encontrar.
Para uma pequena start-up, com cinco funcionários, que se dedica à I&D e ao marketing, que irá iniciar a comercialização dos seus produtos num país estrangeiro, as dificuldades, as dificuldades são inúmeras e diárias.

Qual a área de negócio da empresa?

A Tomorrow Options dedica-se a desenvolver e produzir dispositivos electrónicos para satisfazer nichos de mercado globais numa estratégia de B2B. Neste momento temos concentrado todos os nossos esforços na área dos dispositivos médicos.

Que trabalhos já estão a e
xecutar ou pretendem implementar?

O primeiro dispositivo da Tomorrow Options é o WalkinSense, um dispositivo médico não invasivo, portátil, wireless e fácil de usar, para monitorização clínica da actividade e das tendências de pressão plantar, permitindo uma total caracterização dos padrões de mobilidade do seu portador.
Esta informação tem uma utilidade muito relevante na prevenção do pé diabético, doença que afecta cerda de 15% dos 330 m
ilhões de diabéticos no mundo e que tem como consequência provocar uma amputação no membro inferior a cada 30 segundos!
A comercialização deste dispositivo iniciar-se-á em Março de 2009, no Reino Unido.



"A médio e longo prazo, gostaríamos que a empresa fosse uma reputada "pocket multinational", com tecnologias de rentabilidade acima da média."



O que ambicionam a médio/longo prazo?

A Tomorrow Options está neste momento a criar uma subsidiária no Reino Unido com o intuito de rapidamente internacionalizar o WalkinSense.
O ano de 2009 é um ano crítico pois permitir-nos-á avaliar no mercado se as nossas soluções têm ou não o potencial esperado.
A médio e longo prazo, gostaríamos que a empresa fosse uma reputada "pocket multinational", com tecnologias de rentabilidade acima da média.

Qual o vosso disco preferido?

"Brothers in Arms" dos Dire Straights

Qual foi o último livro que leram?

" A Marca Humana" de Philip Roth


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Entrevista Advantage - Ciência para Vencer: Rui Gomes, Samuel Amorim, Tiago Dias

Fornecer serviços de consultoria avançada na área do desporto de alta competição é um dos objectivos da Advantage - Ciência para Vencer. O Projecto, ainda em fase de pré-incubação no UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, pretende revolucionar o rendimento desportivo dos atletas de alta competição, apostando na melhoria das suas performances.



Como surgiu a ideia de passarem para a criação de uma empresa?

Para responder a esta questão temos de recuar até aos primeiros anos na FCNAUP. De facto, desde cedo descobrimos que partilhamos um gosto especial pelo desporto e a convicção de que podemos assumir um papel de relevo na performance desportiva. Deste modo, o nosso percurso académico desenvolveu-se com uma ligação muito próxima ao mundo do desporto, com organização de jornadas desportivas, estágios em clubes, federações desportivas e centro de alto rendimento de Barcelona, bem como frequência de demais formações na área desportiva. Uma vez concluído o curso, conscientes da inviabilidade económica da possibilidade de um nutricionista a full time na maior parte das instituições desportivas em Portugal, optamos pela prestação de serviços de consultoria simultaneamente a várias instituições. A empresa surgiu nessa óptica. Em todo o trajecto, há uma referência importante, o Professor Doutor Vítor Hugo Teixeira. A ele devemos muito do nosso percurso.

Quais são as principais dificuldades que estão a encontrar?

A principal dificuldade que esperávamos por parte de Federações, e Clubes Desportivos centrava-se na sensibilidade dos mesmos relativamente à integração do nutricionista na sua equipa técnica. É uma área que está pouco desenvolvida em Portugal sendo importante demonstrar aos responsáveis das instituições desportivas as melhorias na performance dos seus atletas com o devido acompanhamento nutricional por especialistas na área. Até agora, a mensagem tem passado bem e há grande receptibilidade por parte dos responsáveis.
No entanto, a nossa entrada na
UPTEC coincidiu com o colapso financeiro internacional, tendo repercussão também no desporto uma vez que uma das principais fontes de receita da maioria dos Clubes Desportivos é o patrocínio de empresas.

Qual a área de negócio da empresa?

A Advantage - Ciência para Vencer é uma emp
resa que tem como principal objectivo a prestação de serviços de consultoria técnica na área da performance desportiva destinados a atletas de alta competição, profissionais e amadores, com a finalidade de maximizar o seu rendimento desportivo e deseja actuar preferencialmente através de parcerias com Organismos Públicos, Federações, Clubes e Associações Desportivas.





"Os objectivos passam por constituir um serviço de referência na área do desporto, assim como contribuir para a investigação nesta área, a nível nacional e internacional."





Que trabalhos estão a executar ou pretendem implementar?

Neste momento já efectuámos contactos com algumas federações e clubes em mais de uma dezena de modalidades. Estamos a desenvolver projectos e serviços para cada desporto com base na vanguarda da investigação internacional na área da ciência e da nutrição aplicada ao desporto.

O que ambicionam conquistar a médio/longo prazo?

Gostamos de guardar as nossas maiores ambições para nós (risos). Os objectivos passam por constituir um serviço de referência na área do desporto, assim como contribuir para a investigação nesta área, a nível nacional e internacional.

Qual o vosso disco preferido?

Rui: Prefiro destacar um autor e não um disco. Pedro Abrunhosa.

Tiago: "Mellon collie and the infinite sadness" dos Smashing Pumpkins.

Samuel: "Achtung Baby" dos U2.

Qual foi o último livro que leram?

Rui: "Uma Aventura na Cidade" ou Childwood Obesity (risos). Não sou muito dado a leituras por lazer. Posso referir o último filme de qualidade que vi: Trade.

Tiago: "O perfume"do Patrick Suskind mas eu "é mais filmes", por exemplo, "Big Fish" de Tim Burton.

Samuel: "La sorcière de la rue Mouffetard".





segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Entrevista Neoscopio: Gustavo Mendes

A Neoscopio é uma empresa portuense formada por quatro jovens empresários oriundos de áreas bastante distintas como a Engenharia, a Física, a Química e a Psicologia que, em Junho de 2007, decidiram avançar para a criação de uma empresa. A ideia surgiu depois de os jovens se terem conhecido no curso de empreendedorismo da Escola de Gestão do Porto (EGP- UPBS), situação essa que serviu de base para que passassem da teoria à prática.



Como surgiu a ideia de criar a Neoscopio?


A ideia de criar a Neoscopio surgiu a partir da utilização que cada um de nós, no seu contexto profissional, dava ao software Open Source. Demos conta que individualmente, e em áreas profissionais muito diferentes, usávamos este software para resolver problemas que de outra forma não conseguíamos dar resposta de forma eficiente. O curso de Empreendedorismo da Escola de Gestão do Porto (EGP-UPBS) foi o ponto de viragem para a materialização desta ideia em negócio. Foi na Escola de Gestão do Porto que nos conhecemos, que demos conta desta utilização simultânea do software Open Source, e que reunimos os conhecimentos necessários para a criação da empresa. Depois, foi seguir as diferentes fases da cadeia de valor do Empreendedorismo, desde a captação de investimento, passando pelo apoio da Inovcapital e da Agência de Inovação, até à incubação na UPTEC, onde estamos actualmente. Tal como aconteceu connosco, acreditamos que o paradigma Open Source irá mudar o relacionamento das pessoas e empresas com as tecnologias de informação, contribuindo com soluções mais eficazes, adequadas e sustentáveis.

Quais foram os principais obstáculos à criação da empresa?

O principal obstáculo foi sem duvida a captação do financiamento necessário à criação da empresa, e a consequente negociação dos impactos do mesmo na gestão da empresa. Mas contámos com o apoio da Universidade do Porto (UPIN) no âmbito do programa Finicia, assim como da Agência de Inovação através do programa Neotec. No entanto, ainda hoje este obstáculo é real, ao nível do nosso crescimento, pois é muito mais fácil adquirir financiamentos para projectos mais “maduros”.

Qual a área de negócio da Neoscopio?

A Neoscopio é uma empresa na área das Tecnologias da Informação, designadamente no desenvolvimento, comercialização e personalização de programas informáticos com base em software Open Source. Presta também serviços profissionais de garantia, suporte, assistência sob as formas de e-mail, telefone ou presencial, assim como a administração de sistemas, hosting e formação. Estas soluções são, em si, de qualidade equivalente ou superior a muito software comercial existente, com um custo significativamente inferior. Nós estamos verdadeiramente convencidos que, mais que o preço, são as características do modelo de licenciamento Open Source que dão mais vantagens aos nossos clientes no longo prazo, sendo neste ponto que reside a verdadeira mais valia das soluções oferecidas, pois vai permitir às empresas grandes reduções de custos sem perda de funcionalidade e sem ficarem literalmente presas ao seu fornecedor de TI.

Que trabalhos já desenvolveram e para quem?

Um dos primeiros projectos da Neoscopio foi na área da computação científica e consistiu na parceria com o fabricante nacional de computadores J. P. Sá Couto, detentor da marca Tsunami, para a implementação de um protótipo de sistema de computação optimizado para algoritmos de química nacional. Este protótipo foi testado pelo Laboratório Associado Requimte no âmbito de um concurso público amplamente divulgado, tendo obtido os melhores resultados e vencido o concurso. O cluster, com 256 dos mais recentes processadores da Intel, já foi montado por técnicos de ambas as empresas e está actualmente em produção. Esta mesma tecnologia, desenvolvida e integrada por nós, tem sido usada no Centro de Investigação de Física da Universidade do Porto e despertou o interesse das empresas como no caso da BIAL, que solicitou os serviços da Neoscopio nesta área. Vencemos também o concurso para o desenvolvimento do portal e Intranet da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) (www.ers.pt). A tecnologia de base foi o avançado gestor de conteúdos Open Source “Plone” já usado por entidades tão diversas como Governo Federal Brasileiro, European Agency for Safety and Health at Work, e Nações Unidas. Parte deste projecto foi a criação de um livro de reclamações online com um sistema de triagem que permite lidar com um grande volume de reclamações. Esta nova funcionalidade foi destacada em diversos meios de comunicação social. Ambos o portal e Intranet estão em funcionamento, sendo que somos quem administra desde então os sistemas de informação da ERS.

O que ambicionam conquistar a médio/longo prazo?

A Neoscopio tem como objectivo imediato o crescimento rápido e sustentado. Assim, no médio prazo ambicionamos:

1. a consolidação da marca, por forma à Neoscopio ser reconhecida como de referência no sector das tecnologias Open Source. Este com um duplo objectivo, ganhar quota de mercado, e captar o interesse de potenciais clientes e parceiros internacionais.

2. a apresentação da Neoscopio aos mercados internacionais, iniciativa esta já iniciada através da apresentação da empresa ao programa UT Austin – Portugal (http://techportugal.com) e,

3. a captação de novos clientes – aqui a Neoscopio tem já desenhado um conjunto de iniciativas, desde aumentar sua presença na internet, seja através de sítios de experimentação do produto como vimos acima, seja através de redes especializadas em tecnologias específicas como por exemplo a “Plone Network” (http://plone.net/) do qual a Neoscopio já faz parte.

Que projectos pretendem implementar em breve?

A empresa está, actualmente, a explorar soluções de “Software as Service” (SaS). Há um interesse claro por parte dos nossos clientes no outsourcing das tecnologias de informação, nomeadamente no que diz respeito a servidores Web, desde que garantidos os serviços de actualização e segurança, redes de alta disponibilidade e backups automáticos. Estes serviços, em alguns casos, seriam muito dispendiosos manter nas próprias empresas.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Entrevista AuditMark: Rui Ribeiro

AuditMark é o nome de mais um sucesso de incubação no UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. Vocacionada para a área da Auditoria de campanhas de marketing online, a empresa cedo se apercebeu do enorme potencial oferecido pela Internet ao nível da Publicidade e do Marketing e tem a ambição de ser uma referência internacional neste ramo.





Como surgiu a ideia de criar a “AuditMark”?

O grande boom da Internet deu-se pouco tempo antes de iniciarmos os nossos cursos de Engenharia. Ao mesmo tempo, começaram a surgir os primeiros modelos de publicidade online. Logo nessa altura verificámos que estes modelos eram facilmente manipuláveis. Continuámos a acompanhar a questão e verificámos que, até à data, não tinha havido u
ma grande evolução em termos do modelo de negócio e da tecnologia associada. Alguns anos mais tarde, conseguimos obter financiamento, e aproveitámos essa oportunidade.

Quais foram os princ
ipais obstáculos à criação da empresa?

O principal obstáculo foi sem dúvida a falta de tempo,
uma vez que tínhamos as nossas obrigações profissionais. Seria complicado largar tudo para embarcar nesta aventura. Outro aspecto foi a burocracia inerente à criação e gestão de uma empresa. Apesar de ser algo que não acrescenta valor aos nossos objectivos, os aspectos burocráticos de contabilidade, finanças, fiscalidade são incontornáveis e obrigam a uma dedicação de tempo e recursos substancial.


"Pretendemos ser uma referência na área da auditoria de campanhas de Marketing. Esse objectivo vai implicar a internacionalização e a obtenção de patentes que protejam o nosso capital intelectual."



Qual a área de negócio da empresa?

A AuditMark está focada no desenvolvimento de soluções inovadoras de segurança para auditoria de tráfego web. Como é sabido, a maioria das aplicações estão a migrar para a plataforma web, ficando assim mais expostas a problemas de segurança. Os nossos principais targets são a publicidade online, banca online, e comércio online.

O que ambicionam a médio/longo prazo?

Pretendemos ser uma referência na área da Auditoria de campanhas de Marketing. Esse objectivo vai implicar a internacionalização e a obtenção de patentes que protejam o nosso capital intelectual. Estamos neste momento a desenvolver esforços para aquisição de parceiros no mercado americano bem como de potenciais investidores.

Qual o seu disco preferido?


"White Álbum" dos Beatles, "Master Of Puppets" dos Metallica, "No Tempo dos Assassinos - Teatro Villare" de Jorge Palma e "Inedito" de Tom Jobim.


Qual foi o último livro que leu?


"Dune" de Frank Herbert e o "Homem que confundiu a mulher com um chapéu", de Oliver Sacks.